Não há um consenso se o mal do século é a ansiedade ou a depressão, mas vejo que ambas estão na vida de muitas pessoas com mais ou menos intensidade. E também que nenhuma das duas representa algo bom. Hoje, nós vamos falar da tal ansiedade - muito presente no nosso dia a dia.
A ansiedade tem graus e o mais comum é que nos sintamos ansiosos por algo que está por vim. É de boas, na maior parte do tempo. O problema é quando a ansiedade começa a engolir partes de nossas vidas e mentes. As pessoas passam a ter sintomas físicos - daí dizerem que estão tendo uma crise de ansiedade. E na maioria das vezes a ansiedade nos faz sofrer por coisas que nem sabemos se realmente vão acontecer!
A gente fica ansioso para começar a faculdade, para passar na prova, para entregar o TCC no prazo, pela formatura, pelo primeiro emprego... e de repente puft! Tudo se passou rápido, e o que restou foi aquela queimação na boca do estômago ao olhar para frente demais.
Precisamos olhar para o agora, olhar para dentro. Mas ao mesmo tempo saber dar uma olhadela para trás e aprender com os nossos erros, e ter um pequeno vislumbre de onde queremos estar no futuro para caminharmos na direção certa. O verdadeiro desafio da humanidade é o equilíbrio.
Passamos muito tempo pesquisando os "Como" e os "Porquês", querendo encontrar uma solução miraculosa para algo que criamos na nossa mente. Eu já li em vários livros e ouvi várias pessoas dizerem que a vida não tem nenhum sentido, nós criamos/inventamos um sentido para ela. E assim seguimos em frente. Partindo desse princípio, criei um novo sentido, no qual acredito muito. Todas as coisas têm o seu tempo.
Não dá para correr antes de aprender a caminhar, não dá para nadar antes de entrar na água. Tudo é feito de um caminho, e aqueles que não conseguimos mensurar nos causam sofrimento, porque não sabemos o que esperar deles.
Será que vou me lembrar de tudo na hora de apresentar o meu trabalho? Será que vou me sair bem morando sozinha? Será que consigo passar naquela entrevista de emprego? Será, será, será, será?? Temos o "E se" também, claro. E se eu me perder? E se eu não gostar da nova escola, do novo namorado da minha mãe? E se eu não gostar dessa pessoa? Mas sabe o que os "Será?" e os "E se?" têm em comum? Que não saberemos a resposta até tentar. Pode ser que tudo seja uma droga no fim, mas pode ser que seja maravilhoso.
Então, dê um tempo para as coisas, dê um tempo para as pessoas, dê um tempo para você. Tente deixar o sentimento ir. Algumas coisas, na verdade, nós escolhemos - como perdoar, por exemplo. E outras, só podemos esperar. E de preferência, sem a ansiedade.
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