Eu tenho limitações. Parece que minha atuação diário de não tê-las, de escondê-las a todo custo, esse meu costume pré-programado e friamente calculado de aparentar tal característica, está se sobressaindo de um modo que eu não esperava. Tampouco é real. Inverdade seja dita, eu minto sim. Minto para mim principalmente, mas cansei de mentir. O hábito de ter essa máscara é longínquo, os outros mal percebem, mas como perceberiam?
Por que a máscara é tão bem feita, tão personalizada ao longo do tempo, que ela é real, palpável, posso sentir-lhe a textura e mais do que isso, poder acreditar nela, mesmo que por segundos, de sua condição de existência. Posso vê-la como verdadeira e nada mais natural que todos a minha volta acreditarem nela.
Ninguém além um pequeno ponto em minha mente sabe, aquele que antes de todo sono se ascende, cutuca, afirmando “Todos acreditaram, bom trabalho.”
Fonte da imagem: <http://ma-poeta.tumblr.com/>.
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