Jonas jovem em Dark (Netflix) |
Já comentei os tropes que eu mais odeio, então agora daqueles que quase sempre me fazem querer assistir ou ler alguma coisa imediatamente: os tropes que eu mais amo!
Fantasmas amigáveis (ou vida após a morte)
Talvez a primeira vez que vi esse trope ter foco é em "E se fosse verdade". Gosto da ideia de vida após a morte em histórias, mas ele quase nunca é explorado, geralmente ele se foca em histórias gospels que não vão além do conceito cristão. O que é uma pena porque acho uma ideia muito interessante de ser explorada e com tantas religiões, mitologias e filosofias, o que não faltaria é imaginação. E mesmo falando só de um fantasma, a interação dele com o protagonista (o único que o vê) sempre causa boas risadas e mesmo num tom menos cômico, a discussão da finalidade e luto rende uma boa reflexão. A última série nessa temática foi a perfeita "The Good Place" que discute a ética e é um primor de engraçada; uma que foca na interação da protagonista com fantasmas é "Julie and the Phantoms" (remake da série brasileira Júlia e os fantasmas), mas ela é musical, então se não curte, talvez seja bom pular.
Redenção
Se tem uma coisa que eu amo são vilões. E se tem uma coisa que eu amo tanto quanto, é a redenção deles. Muitas vezes, nem uma redenção, mas um ponto de bondade que os deixe mais complexos. Pode haver bastante problemática em certos casos, pois alguns confundem aquela vilania clássica com defender personagens estupradores ou agressores de mulheres, por isso, é necessário um bom autor ou roteirista pra esse tipo de história. Um exemplo que todo mundo cita é o Zuko em "Avatar: A Lenda de Aang" que, obviamente, é maravilhoso. Um que gosto bastante também é o arco do Loki no MCU (mesmo com um fim frustrante).
O mocinho que vira vilão
Claro que como amante de vilões, ver a jornada de alguém se transformando em um é um prato cheio para mim. O que faz um vilão? Como a psicologia pode produzir o mal através de traumas? Há interferência do contexto social? Alguém pode nascer mal? Uma das razões que me fez pensar em "Joker" (2019) por tantos dias e ainda hoje, me faz gostar da série "Hannibal", praticamente um estudo psicológico de como o personagem principal Will Graham cai à medida em que sua relação com o canibal se intensifica. Normalmente são histórias adultas cheias de discussões de ética e moral ou a maldade intrínseca do ser humano.
Viagem no Tempo
Se a viagem no tempo for o fator principal, já sei que vou adorar sem nem ter visto. Claro, precisa ser o principal, se a história for os personagens voltando pra 1800 e eles viverem na época para sempre e nada acontece, não, obrigada. Gosto quando a trama toda gira envolta na viagem no tempo, seja reescrevendo linhas do tempo, visitando a própria linha do tempo, tentando evitar certos acontecimentos, criando eventos, paradoxos etc. Uma história recente e bem boa que vi foi em "Life is Strange", game no qual a protagonista tem a habilidade de fazer o tempo voltar; e mais recentemente, "Dark", série da Netflix que trata da vida de vários personagens mudando radicalmente por conta de viagens no tempo através de uma passagem na caverna.
Personagens encontram suas Versões do Futuro ou Passado
Isso já um subtrope dentro do trope de viagem no tempo, mas é tão específico que vou dar um tópico só pra ele. Acho que deve ser o que eu mais acho interessante e amo. A viagem no tempo ocorre e o personagem acaba encontrando consigo mesmo. Isso particularmente para mim pode ter tanto um tom peculiar e até cômico por causa do absurdo da situação ou uma espécie de realização de como as pessoas mudam ao longo do tempo. Somos pessoas diferentes ao longo de nossa vida e dependendo da época, mais ainda. Um personagem experienciando isso em carne e osso possibilita um ótimo conflito e discussão sobre identidade, culpa e evolução.
Gato e rato
Eu adoro relações de heróis e vilões, isso é um fato, principalmente se a premissa se focar nisso. E digo isso de maneira geral, mesmo se não for no universo dos super-heróis. Histórias protagonizadas por duas pessoas em lados opostos que lutem até o fim, às vezes, numa relação tão obsessiva que confundem sua própria essência. O clichê de "Não somos tão diferentes assim". Alguns exemplos são L e Kira em "Death Note"; Eve e Villanelle em "Killing Eve"; Doutor e Mestre em Doctor Who; Batman e Coringa em basicamente qualquer quadrinho, filme ou jogo.
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