Diário do Nordeste |
Faz um bom tempo que eu queria ver essa série, mas por vários motivos não tinha conseguido ver ainda. E então, no sábado passado resolvi maratonar a série e ver se era boa.
Eu, assim como muitos outros, fui atraída pela promessa de assistir a série Winx. Esse desenho fez parte da minha adolescência e sinceramente, eu não me lembro de como acabou. Provavelmente pararam de passar na TV aberta sem que houvesse um fim conclusivo, o que é bem comum. Seja como for, eu consegui encontrar algumas semelhanças entre a série e o desenho, porém tratam-se de histórias relativamente diferentes. E isso é bom ou ruim?
Eu respondo.
A crítica à saga Fate foi bem dividida. Muitas pessoas amaram e tantas outras acusaram a série de usar o nome Winx para se promover e entregar aos fãs uma história completamente diferente. Essa crítica, na minha opinião, não faz muito sentido. A série é baseada em Winx, e não uma cópia fiel da história. Creio que muitas pessoas tenham problemas com adaptações porque elas querem ver exatamente a mesma coisa que viam na obra original. Mas o mágico da adaptação é justamente esse: as mudanças, as diferenças e as adaptações.
As protagonistas da saga Fate são muito mais "humanas" e mais fáceis de se identificar. Afastando-se da imagem das fadas infantilizadas, temos adolescentes reais e seus dramas reais em um universo mágico - esse sim, bem parecido com o do desenho. Para mim, essa adaptação nos aproxima mais das personagens e reconhecendo nos dramas vividos por elas os nossos próprios, sentimos uma identificação e empatia grandes.
Outra coisa que a série traz é uma abordagem mais dark e pesada, com direito a mortes e sofrimentos reais. Não é uma série para crianças e nem para assistir com a família durante o almoço, antes de deixar as crianças na escola. E ao mesmo tempo, os valores da amizade e companheirismo são passados de uma forma clara, como Winx me passava.
Quando eu assistia Winx, eu via garotas que eram amigas enfrentando problemas diferentes, e passando por tudo juntas. Não porque eram exatamente perfeitas, mas porque elas gostavam umas das outras. Víamos uma Bloom que saiu do mundo humano para o mundo das fadas se perguntando quem realmente era e porque estava ali. Perguntando-se se realmente pertencia a algum lugar e se sim, qual lugar era esse. E a série consegue passar essas mesmas sensações e informações, de uma forma diferente da usada no desenho.
Estou ansiosa pela segunda temporada, que provavelmente só sai no próximo ano. Sim, está confirmada a segunda temporada e estou curiosíssima para saber algumas das respostas deixadas no episódio final. Fora isso, também surgiu um desejo genuíno de rever o desenho e lembrar mais detalhes da história e dos acontecimentos.
Trazendo de volta a pergunta que dá título a esse post: vale a pena assistir a série Fate: a saga Winx? Sim, mas só se você tiver uma mente aberta para o novo, não for extremamente apegada à história do desenho e achar que uma adaptação deve ser uma cópia fiel da história original.
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