2021 foi um ano difícil para todos. Muitas coisas mudaram e, vamos combinar, foi um 2020 versão 2.0. Parece-me que o tempo parou lá em março de 2020 e ao mesmo tempo, parece que tanta coisa mudou! Dá até um pouco de receio de criar uma lista de metas, porque com a tal da quarta onda, vai que tudo regressa ao ponto zero? Mas não tem como a gente se prender à desesperança, porque sem nossa crença na melhora, ficaríamos eternamente estagnados em um limbo de tristeza e desespero.
Provavelmente você, assim como eu, não ganhou na mega da virada. Talvez não tenha viajado para nenhum lugar em especial e talvez guarde no coração o desejo de visitar alguém que há muito não vê. Contudo, com certeza consegue enumerar as coisas boas também. Elas sempre estão lá, mas nós às vezes não conseguimos ver.
Observei que li menos livros em 2021 do que em 2020. Na real, tento não me prender em números. Já fui uma pessoa de fazer TBR, mas hoje eu acho que criar essa obrigatoriedade de ler X livros no ano ou de ler tais livros específicos limita a imaginação e se tem uma coisa que eu não quero é ficar presa em obrigações. A vida já é cheia de obrigações chatas e não tem porquê de eu transformar um prazer que é a leitura em uma obrigação. Entretanto, eu sei também que os anos em que leio pouco, são anos em que estou muito sobrecarregada com coisas a fazer. Gostaria que a leitura, que é esse termômetro de lazer para mim, fosse melhor em 2022.
Estou tentando deixar determinadas coisas ir, pegar mais leve com as coisas, me dedicar mais a pessoas que me são caras, ver mais meus amigos, ter mais controle financeiro... Enfim, todas aquelas coisas que a gente deseja quando o ano começa, como se o ano novo fosse uma pessoa na qual jogamos as nossas expectativas na esperança de que ele supere todas elas.
Se 2022 fosse uma pessoa, eu diria para ele ir devagar. Traga coisas boas, momentos felizes. Chega com jeitinho, 2022, seja gentil conosco, meros mortais 一 e brasileiros 一 vivendo esse caos chamado vida.
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