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O mercado editorial brasileiro está passando por uma crise sem precedentes. Sabemos que a crise econômica dificultou crescimento do mercado livreiro/editorial, e nosso péssimo sistema educacional não é exatamente um formador de leitores, mas é na situação da Saraiva e na Livraria Cultura que a crise se enxerga mais claramente. As duas editoras simplesmente não conseguem mais pagar seus credores, chegando ao ponto de pedirem recuperação judicial para não declararem falência. A Saraiva, por exemplo, deve R$ 674.698.227,29, dentre algumas editoras que deveriam receber estão a Moderna (R$ 19.775.399,71), Companhia das Letras (R$ 18.638.315,67), Record (R$ 18.241.167,49), Intrínseca (R$ 13.258.421,97), Sextante (R$ 9.026.372,67), Panini (R$ 8.355.502,96), Planeta (R$ 8.315.369,83), Rocco (R$ 7.003.081,76) etc.
No caminho para o combate à crise e à esperança de recuperação pelo amor aos livros, o CEO da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, escreveu uma carta aberta. Ele escreve:
"Cartas, zaps, e-mails, posts nas mídias sociais e vídeos, feitos de coração aberto, nos quais a sinceridade prevaleça, buscando apoiar os parceiros do livro, com especial atenção a seus protagonistas mais frágeis, são mais que bem-vindos: são necessários. O que precisamos agora, entre outras coisas, é de cartas de amor aos livros [...]Aos que, como eu, têm no afeto aos livros sua razão de viver, peço que espalhem mensagens; que espalhem o desejo de comprar livros neste final de ano, livros dos seus autores preferidos, de novos escritores que queiram descobrir, livros comprados em livrarias que sobrevivem heroicamente à crise, cumprindo com seus compromissos, e também nas livrarias que estão em dificuldades, mas que precisam de nossa ajuda para se reerguer [...]Divulguem livros com especialíssima atenção ao editor pequeno que precisa da venda imediata para continuar existindo, pensem no editor humanista que defende a diversidade, não só entre raças, gêneros, credos e ideais, mas também a diversidade entre os livros de ambição comercial discreta e os de ambição de venda mais ampla".
Como é informado pelo Publish News, também foi lançada uma campanha contra a crise. Criada pelo presidente do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), Marcos da Veiga Pereira, a campanha #DesafioDasLivrarias propõe que você vá numa livraria, compre um livro e poste usando a hashtag e claro, indique amigos para fazer o mesmo. Nesses tempos tão complicados para o mercado de livros, cada pequena ação é bem-vinda.
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Livrarias em crise e leitores em alerta
Livrarias em crise e leitores em alerta
Reviewed by Blum Camp.
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novembro 28, 2018
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