Título: Ligeiramente Pecaminosos
Autora: Mary Balogh
Páginas: 271
Editora: Arqueiro
Sinopse: Lorde Alleyne Bedwyn é ferido na batalha de Waterloo. Ele acorda em um bordel, sem memória e se vê encantado pelo anjo dourado que cuida dele diariamente. Dado como morto pela família, Alleyne está descobrindo o amor ao mesmo tempo em que tenta descobrir quem é.
Atenção: esse post é uma discussão do livro e haverá spoilers!
Comecei a ler a série de livros dos irmãos Bedwyns de Mary Balogh, e decidi conversar sobre o quinto livro com vocês. Talvez eu anime de falar de todos, desde o primeiro, mas como essa foi a minha última leitura, e automaticamente é a história que está mais fresca na minha cabeça, resolvi começar por ela. Se você lê romance, talvez essa sinopse pareça familiar: me remeteu imediatamente à "Seduzida por um Highlander", da Maya Banks. Fiquei um pouco receosa que a Mary escrevesse uma cópia do livro da Maya, mas mesmo assim resolvi dar uma chance e ler. Nesse sentido, fiquei muito aliviada quando, no progredir da leitura, percebi que não era o caso: as histórias eram diferentes, apesar de alguns poucos pontos em comum.
A falta de memória de Alleyne é uma das tramas da história. A outra trama é um golpe que as meninas do bordel sofreram. Elas foram ludibriadas por um falso clérigo, que levou todo o dinheiro que elas tinham. Rachel, a mocinha da história, não é uma das trabalhadoras do bordel, porém uma das meninas foi sua preceptora e o golpista era seu noivo. Desse modo, ela se junta às meninas no intento de pegar o clérigo e fazê-lo devolver todo o dinheiro roubado.
É claro que com o passar do tempo, Rachel e Alleyne vão se apaixonando, mas ele não lembra de quem é, ou se já é casado e com filhos, de modo que não pode propor compromisso à Rachel.
A história bate muito na tecla da falta de memória de Alleyne, e existe um monte de chances dele se lembrar das coisas: fatos dos quais ele fez parte, nomes que talvez soem familiar... mas nada. Ele continua desmemoriado por um longo período. Algo que me incomodou foi o quanto foi enrolada essa parte de recuperação de memória. A demora gerou grande expectativas para tudo ser resolvido por uma carta que Rachel recebeu comentando que tinha um cavalheiro que tinha sido dado como morto, e que ele era Alleyne Bedwyn. E quando ela chamou ele pelo nome: pronto, ele sentia que aquele era o nome dele, apesar de continuar não se lembrando das coisas. E quando lembrou, ficou enrolando para voltar para sua família e anunciar que estava vivíssimo.
Senti falta dele interagir com a família, por mim ele poderia ter recuperado a memória antes e ter tido oportunidade de interagir com a família, tanto ele quanto Rachel, pra ver como ficaria a dinâmica. Mas não rolou. Enfim.
No geral, gostei da história. Mudaria alguns pontos? Sim. Contudo, foi uma surpresa feliz não ser apenas uma cópia de alguma outra história.
Por @thawanarosa_
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